Por momentos acordei e achei mesmo que estavas ao meu lado.

Hoje sonhei contigo, no teu abraço carinhoso, na tua respiração perto do meu pescoço, no arrepio que ele provoca e nas tuas mãos pela minha cinta puxando-me para ti.

Por momentos acordei e pensei mesmo que estavas a meu lado, olhei uma e duas vezes e a minha mente já te fazia lá, no aconchego da minha cama. Onde ela acha que tu pertences. Está enganada, não o pertences. E quando percebi que realmente tinha sido um sonho apercebi-me da força dessas palavras. Não posso fazer de ti algo meu, porque tu nunca o vais querer. Apercebi-me do sonho porque não existe gestos carinhosos no meio de nada a não ser do desejo. Não existe. 

És o meu sonho, espero que não por muito tempo.

Escrava

Diabo maldito que te infiltras em mim. 

És algo que desconheço tornando-te cada vez mais sedutor, 

fujo! 

Mas de nada me serve quando as minhas pernas me levam novamente até ti. 

Sai diabo, sai desejo. Sai tentação. 

Sai olhos claros da minha mente. 

Fecha-te, 

Oh meu coração. 

A beleza não diz tudo, mas isto de nada se me diz. 

Quando, por mais tempo que passe ainda te tornas mais bonito por dentro. 

E como fazer de ti meu escravo? 

Quando na verdade a escrava sou eu?

Desejo

Fazes com que as borboletas pareçam inúteis para descrever tal sensação desconfortável na minha barriga, 

fazes com que as palavras se tornem inadequadas, 

seja o que for que queira dizer. 

Fazes-me bem, fazendo mal ao mesmo tempo, tornando-me dependente de ti, e da tua atenção. 

Será que tal desejo acaba? 

Porque quando eu achava que devia estar a acabar, cresce um desejo inexplicável de vontades contigo. 

Queria-me,

cansar do teu beijo, 

do teu abraço, 

da tua respiração, 

do teu corpo suado.

Mas a cada dia me fazes querer ainda mais. 

Es a pessoa mais perigosa que conheci em toda a minha existência, não pelo que és, mas pelo que fazes de mim.

Ontem perdi-me contigo.

Abraça-me com força, porque do teu abraço provém a esperança. A esperança de que um dia serás meu, e eu tua. Sem meios porquês, sem meias razões, sem  meias certezas que talvez seja isso que queiras, ou que queiramos.

Ontem perdi-me no teu abraço, nas tuas risadas, no teu segredo. 

Perdi-me no tempo como sempre me fazes fazer. Tudo vale a pena, tudo se consegue. Apenas contigo.

Ontem perdi-me em ti.