Ligo o meu mp3, e meto os auscultadores. Ponho o volume no máximo e deixo-me contemplar as estrelas. Acho que nunca te contei, mas adormeço sempre por debaixo delas desde que me lembro. Desde que uma pessoa especial me colocou as mais lindas constelações no tecto do meu quarto. Nunca me irei esquecer, de a ver pendurada pelos cantos mais estranhos que possam lá existir, a fim de as conseguir colar a todas. Já passaram anos, e eu continuo a adormecer sobre elas.
Hoje mais uma vez me lembraram de ti. E depois de muito reflectir chego a conclusão que corri mais depressa que o meu anjo da guarda. E que nem sequer lhe dei hipótese de me poder alcançar para me amortecer a queda. Lembra-te de nunca correres a frente dele, tenta mantê-lo sempre por perto.
Sei que Deus tem um destino traçado, e que por qualquer motivo nem sempre é o que eu desejo, mas percebo. Tu não estavas destinado a grandes feitos e eu a grandes aventuras, contigo.
Sempre que me "amaste", soube bem. Sabe sempre bem. Foi a sensação mais descobridora que me mostraste, a de ser desejada. Mas eu nunca fui uma gata borralheira destinada a ser princesa, nem tu um sapo à espera de virar príncipe.
E então hoje, sem mais em menos, só peço para que sejas feliz. Porque sei que se o fores eu vou acabar por também o ser.

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