Sonho

Hoje o meu sonho serias tu, tal como ontem, antes de ontem ou desde á um mês atrás. Seria eu e tu no meio de uma ilha deserta sem tempo limite. Sem limite de palavras, carinhos e paixões, sem limite de estadia, contacto ou reacções. Sem limite de TEMPO. Seriamos eu e tu e o oceano, e apenas a areia seria a nossa ligação com a terra. E talvez assim eu me fartasse de ti, e finalmente pudesse seguir em frente.

És o meu sonho, e talvez os sonhos não devam se realizar.

Não quis acreditar em ti.

Estes teus silêncios perfuram me a alma. São como garras que se cravam ao meu coração, impedindo de se curar. 

Não era suposto, sabias?

Não era suposto retirares-me o sorriso. Estava apenas escrito que me devolverias.

A culpa é minha, eu não quis acreditar quando me disseste que não eras capaz de te apaixonar por mim. Quis acreditar no que eu sentia, que eu seria capaz de te mostrar o que é ser mulher. Quis fazer-te feliz mesmo quando disseste que não seria possível. 

E então ficou por aí, pelo desejo eminente que sentimos um por outro mas que pela tua parte nunca irá passar disso.

A dor também tem um fim.

Ligo o meu mp3, e meto os auscultadores. Ponho o volume no máximo e deixo-me contemplar as estrelas. Acho que nunca te contei, mas adormeço sempre por debaixo delas desde que me lembro. Desde que uma pessoa especial me colocou as mais lindas constelações no tecto do meu quarto. Nunca me irei esquecer, de a ver pendurada pelos cantos mais estranhos que possam lá existir, a fim de as conseguir colar a todas. Já passaram anos, e eu continuo a adormecer sobre elas. 

Hoje mais uma vez me lembraram de ti. E depois de muito reflectir chego a conclusão que corri mais depressa que o meu anjo da guarda. E que nem sequer lhe dei hipótese de me poder alcançar para me amortecer a queda. Lembra-te de nunca correres a frente dele, tenta mantê-lo sempre por perto. 

Sei que Deus tem um destino traçado, e que por qualquer motivo nem sempre é o que eu desejo, mas percebo. Tu não estavas destinado a grandes feitos e eu a grandes aventuras, contigo. 

Sempre que me "amaste", soube bem. Sabe sempre bem. Foi a sensação mais descobridora que me mostraste, a de ser desejada. Mas eu nunca fui uma gata borralheira destinada a ser princesa, nem tu um sapo à espera de virar príncipe.

E então hoje, sem mais em menos, só peço para que sejas feliz. Porque sei que se o fores eu vou acabar por também o ser. 

Penso e volto a pensar, que se entre nós acabou, a dor também acabará.

Se faz sentir, não fará sentido?

E eu sinto que foi errado, porque estou magoada. Mas se realmente me fez sentir, não fará sentido? Como foi capaz o meu coração de me enganar tanto, como foram as tuas atitudes capaz de me ludibriar a mente. Diz-me, fala comigo! Ensina-me a gostar pouco, mais ou menos, ou melhor! Ensina-me a não gostar.

Gosto de ti. Assumo sem esperar nada em troca. Até porque está mais que provado que nem sequer o posso esperar. Fizeste uma cruz em nós. Determinas-te prazo de validade, sem sequer te averiguares se poderia ser vitalício. Ou não. 

Não queria um "fica comigo", um "não posso viver sem ti" e muito menos "Vamos namorar".

Eu só queria que me dissesses para me deixar ir que o tempo se encarregaria disso. Só isso. Só queria a possibilidade de um dia não passarmos de meras pessoas procurando apenas o prazer uma na outra. Queria apenas a promessa de algo mais, sem certezas de que a pudesses cumprir.

Manhãs Incertas

Tenho sede de ti. Deixas-me num estado em que o desespero por só mais um bocado contigo me queima por dentro. Em que desejo ardentemente apenas estar ao pé de ti (e basta apenas isso) e fazer de tudo para o conseguir. Subo montanhas a correr, percorro mares a nadar, voo o mais alto que conseguir. 

Apenas para te alcançar.

Fica comigo, não fujas! Avança, prende-me, faz-te HOMEM e não apenas mais um num milhão.

Hoje ainda espero por ti, mas amanhã.

As manhãs são sempre incertas.

Houve um dia...

Houve um dia em que foste a melhor coisa que me aconteceu. Já nao sentia, já nem vivia.
Houve um dia em que o meu coração aqueceu, e a minha barriga oscilou, so com o contemplar do teu rosto, não visto igual.
Houve um dia em que me arrebataste com um simples beijo, noutro com um caloroso abraço e outrora com um simples gesto.

E é assim que sonhar que sintas por mim o mesmo que eu sinto por si se torna no mais impossível sonho.

Gostas de mim?

Será que ele gosta de mim? - Pergunto as estrelas.

Hoje elas estão mais brilhantes que nunca. Faz-me lembrar os teus olhos quando me falam. Mesmo quando se trata do assunto mais sem graça que possa existir. Tens esse efeito sabias? De tornar tudo interessante e fascinante. Ou talvez seja um defeito meu, achar tal coisa.

Mas... Era suposto falamos sobre as estrelas. 

Sobre as estrelas que me fazem lembrar de ti e pela lua que me faz desejar dar-ta. 
E eu dava, se pudesse. 


Não gosto de prometer, mas se hoje e agora fizesse uma promessa, seria a promessa de te fazer o homem mais feliz do mundo.

Gostas de mim ?

Silêncio

As vezes fico em duvida com os teus silêncios. No que eles podem querer dizer, ou não dizer. No que escondem por detrás desses lindos olhos que me encantam até ao fundo do meu ser. Sinto-te tão longe de mim. Mesmo quando estás a  5 centímetros.

E então torna-se gigante a vontade de te perguntar: - Estás aqui?. Mas o meu medo da resposta é muito superior a minha vontade de te perder. Tenho medo do que as tuas palavras possam carregar. Tenho medo do que me possam mostrar. E então nada sobra, a não ser o teu silêncio esmagador que me congela a alma. 

Como me permito chegar a este ponto? 

Mulher imperfeita

Hoje eu sou o teu sonho, mas acredito em ti. E na tua capacidade de voar sozinho. 

Pensa, reflecte.

Eu tenho defeitos. Muitos deles na verdade. Sou teimosa ao ponto de perder a razão. Por vezes ressono e sou impossível de coabitar na cama com alguém. Vou-te empurrar, vou-te enfiar com a minha mão mesmo em cima da tua cara quando menos esperares, e vou-te acordar muitas vezes com a minha perna por cima de ti quando o calor apertar. Aí tu vais-te chatear fazer com que eu tire a minha perna e vou amuar para o canto da cama de maneira a que nem tu percebas como consigo caber num espaço tão pequeno. 

Vou amuar muitas vezes! 

Sou muito mimada, se eu quiser aquele gelado a meio da noite e não me fores buscar eu vou ficar triste, espernear e dizer que não gostas de mim.

Sou insuportável quando me acordam a pressa. Vou te berrar, e mandar-te a sítios feios.

E quando me chamares e eu não te responder porque estou concentrada no que quer que seja, vou ficar chateada por ficares chateado comigo por não te ter respondido. (Será que ninguém percebe que não estou a ignorar ninguém, mas carregada de imaginação no meu fiel mundo?)

Não gosto que me obriguem a comer o que eu digo que não gosto, e por favor não me perguntes se alguma vez provei. Odeio, porque se eu digo que não gosto é porque não. Provavelmente já o provei mentalmente.

Sou instável e mudo facilmente de humor. Hoje quero a tua atenção amanha nem que me chateies. E por favor, quando eu digo não, sendo isto um conselho de mulher, é porque é sim. (claro que depende da situação, há alturas em que é mesmo não)

Terias de aprender a ser adivinho ou vidente.

Por isso...

Pensa, reflecte.

Eu não sou perfeita, sou a mais imperfeita de todas as mulheres.

Posso amar-te, mas não sozinha.

Não posso amar por ti, não posso viver para ti sem me esquecer de mim. Por isso, para de te assemelhar a uma criança que não sabe o que quer ou como o fazer e faz-te homem. Pega-me ao colo, e rouba-me um beijo, abraça-me á força e diz que me queres. Mostra desejo, daquele que arde por dentro e acalma contigo. 

Não posso amar pelos dois, 

Posso amar-te, mas não sozinha!

Acordar a teu lado.

Hoje acordei a teu lado. 

Puxaste-me carinhosamente os cabelos, de forma a conseguires alcançar o meu rosto e beijas-te-o!

 Não foi um beijo cheio de desejo, mas carinhoso. 

Depois enfiaste o teu braço por baixo das minhas costas nuas, e viraste-me para ti.

Os meus olhos meio encerrados do sono espreitaram,

e quando finalmente encontro-me com os teus...

Foda-se, acordei!